Qual é o seu estilo: Passivo, Agressivo ou Assertivo?

Uma das atitudes que colaboram para que a pessoa se sinta insatisfeita e infeliz consigo mesma é a passividade diante dos fatos ou das pessoas. 
 
Alguma vez você já sentiu culpa por dizer não ao pedido de alguém? Deixou de reivindicar um direito que era seu, por exemplo, não voltou para cobrar algum dinheiro que lhe deviam ou tenham lhe voltado o troco errado? Não discordou da opinião alheia por medo de ser criticado ou desaprovado? Não colocou suas necessidades pessoais em primeiro lugar, por achar isso uma ação egoísta?

Pois bem, esses são alguns exemplos de comportamentos passivos, que fazem muito mal à saúde emocional.


Geralmente o passivo é visto pelas demais pessoas como “o bonzinho” e obviamente por não se manifestar, em algum momento ele é abusado ou explorado por isso. A pessoa passiva também perde seu senso de controle pessoal o que acarreta em baixa na autoconfiança e autoestima. Contudo, vou destacar que a pessoa passiva não é vítima, visto que se tem alguém que lhe explora é porque ela permite. Ela tem a escolha de procurar ajuda e mudar seu comportamento, caso sozinha não saiba como agir.

Do outro lado, temos aqueles que dizem “não terem papas na língua” e levam tudo a ferro e fogo e no momento em que se expressam, mesmo estando com a razão, acabam por depreciar, ofender ou desrespeitar os outros. Do agressivo as pessoas geralmente têm medo, demonstram respeito e evitam ao máximo criar conflitos com eles.

Realmente nenhum destes dois comportamentos ajudarão na resolução de qualquer situação e não colaborarão para relacionamentos saudáveis, pois ambos envolvem desrespeito.


Como em tudo na vida, o equilíbrio é a atitude da vez e neste caso se chama comportamento assertivo.

A assertividade é um modo de se expressar que envolve autorespeito com reflexos no bem estar da pessoa consigo mesma.

Esse bem estar ou autoestima adequada se dá porque a pessoa em uma interação social se posiciona de forma firme, defendendo suas ideias, necessidades, direitos e fala com os outros como gostaria que falassem com ela, caso a situação fosse contrária. 

O assertivo é objetivo no momento de se comunicar e se posiciona sempre na primeira pessoa, ou seja, ao invés de dizer acusatóriamente “você sempre faz estas coisas para me chatear”, ele diz “Eu sempre me chateio quando você se comporta desta forma”. 

Temos que ajustar o conteúdo a ser dito e o jeito de expressá-lo, porque podemos ficar sem a razão mesmo quando estamos certos, caso nos exaltemos.

Outro detalhe interessante é que a pessoa assertiva lida bem com a assertividade das demais pessoas, pois é madura para entender que as pessoas também têm seus direitos e que não vieram ao mundo para satisfazer suas necessidades e nem concordar com ela em tudo.


Fique atento(a): Geralmente por trás de atitudes passivas existem medos de não ser aceito, aprovado, amado dentre outras preocupações. Já em atitudes agressivas podemos supor que a necessidade de intimidação ou ofensa pode ocorrer por medo de ser desrespeitado, perder o controle da situação, baixa autoestima dentre outras questões. 

Mais uma vez entra o trabalho da terapia cognitiva no desenvolvimento do comportamento assertivo, que irá trabalhar o autoconceito da pessoa, bem como suas crenças em relação a si, ao mundo e as pessoas e ajudá-la a desenvolver atitudes e reações mais funcionais em suas interações sociais.

Por fim, me despeço deixando este vídeo sobre o assunto que encontrei na internet e achei interessante compartilhar.


Abraços,

Psicóloga Carla Presutti


Comentários

  1. Me vejo como passivo, infelizmente tenho mesmo alguns desses medos.

    ResponderExcluir
  2. Nossa!
    Diante do texto e do vídeo estou completamente num estado passivo. O mais interessante é que eu venho percebendo isso e estou migrando para o estado assertivo.

    ResponderExcluir
  3. Agradeço por este texto...muito esclarecedor!!! sou aitva mas tenho uma cunhada passiva e não sei lidar com isto...

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

Quem sou

Dez estratégias para gerir seu tempo com eficiência